Murillo Augustus Murillo Augustus - Não Sobrou Ninguém (part. Vasco Faé)

Não sobrou ninguém
No panteão da música, me diga você, quem?
Dos deuses que fizeram tudo aquilo que a gente tem

Não sobrou ninguém
Eles que criaram tanto e não viram um vintém
Miseráveis, sofredores, filhos do desdém

Não sobrou ninguém
Colhedores de algodão que da Mãe África provêm
Sua alegria do homem branco se tornou refém

Não sobrou ninguém
Todos seguiram viagem, embarcaram nesse trem
Ao menos seu lamento para sempre se mantém